Valquírias...agarrados a um fio de fumaça...

terça-feira, 31 de maio de 2011






O sexo no meio da rua, frustrado ou prazeroso... A rua como casa, como palco, como lugar de vivencia, como o único lugar que os acolhe, um lugar tão amplo, tão freqüentado, tão tumultuado, ao caos diretamente, mas é o lar, mesmo parecendo ser estranho, é o lar de muita gente, principalmente para aqueles que vivem sem lucidez, sem amor, ou por excesso de amor ou porque não contradizer e dizer, ser a própria lucidez sobre as coisas que levam as pessoas a escolherem a rua como casa e a droga como companheira.
Há algo de instigante sobre as pessoas que vivem o próprio submundo de suas mentes, cheia de delírios, tristezas, alegrias forjadas.
O ímpeto sobressalta pelas ruas, pois suas calçadas são tão ínfimas, latejantes, que o cortejo de suas vidas pulsa. Não pedem licença por viverem no espaço público, pois para eles o público é seu patrimônio.
Essa nostalgia diária de seus dias corresponde à aventura de dissabor para aqueles que o assistem diariamente. Insultos, mau criações é o único carinho prestado a eles em sua suplência diária no ato pedinte de cada dia.
Mas quem são eles?Ninguém quer saber!Não interessa! A mão repressora se encarrega dos mesmos, limpando-os a rodo, a vassoura e ás pauladas da sociedade hipócrita diária, ímpar em seu apoio a higienização social.

Márcio Zonta, jornalista.

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