Carpe deam

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Estava um sol deslumbrante e eles inquietos à procura de diversão. Sairam em busca de prazer, de coisas inusitadas. Encontraram no caminho outros iguais a eles.
O clima, o bar, a cerveja, as conversas ao vento, os beijos roubados, os abraços não dados os fizeram chorar, rir, cantar e pareciam não pertencer a este mundo. Lembraram nostalgicamente os amigos deixados para trás, as mulheres abusadas, os que morreram em vão e desejaram se encontrar em algum lugar, porque não é pó...
O rio, o caminho, as pedras pela estrada, os peixinhos escondendo-se para não serem apanhados, sorriam para eles que chegaram eufóricos à beira. Os que lá já estavam, decidiram deixá-los dialogando com os peixinhos e os peixinhos os deixaram sós.
Aquela imensidão era deles apenas, olhavam encantados e realmente não eram deste mundo. O rio os acolheu e os lavou, o corpo, a alma.
Rasgaram as vestes e fizeram amor com o rio. Nascerá em outras grotas, desaguará no mar o gozo daqueles aventureiros, saudosos, numa tarde em Marabá.
Gra Don


O menino e o rio

quarta-feira, 21 de julho de 2010


A ponte
E o rio
O menino
O telefone
E o pai
Era lindo
De ver
A alegria
Do menino
Ao passar
Pela imensidão
O pai
Ao telefone
Sentindo tamanha
Comoção
O menino saltava
Vibrava ao ver o rio
E eu, emocionada
Do outro lado
Sorria...
Gra Don

A duplicidade humana é ao mesmo tempo trágica e cômica. Nela residem a grandeza e a fraqueza do homem.

(Anatol Rosenfeld)

Tédio

Nada de extraordinário.
As coisas vêm, passam...
E nada acontece de extraordinário.
Como as coisas do meu quarto
A poeira no meu armário
Velas que se apagam com um sopro...
Não adianta, nada permanece...
Apenas sofro...
Postado por Gracinha Donato

Atriz

terça-feira, 13 de julho de 2010


Quando menos se espera
Vive-se outra...

Ela vive outros mundos

Outras caras
Outras dores

Sorria mesmo quando sofre
Ri quando quer chorar

Beija quando "nada" sente
Abraça quando quer afagos
Mas não mente...

A plateia vibra
A crítica nem tanto
A atriz chora
Os aplausos...
As luzes se apagam
E ela cessa o pranto.

Gracinha Donato

(In) possível

sábado, 3 de julho de 2010

Meses sem te ver
A saudade é como sal numa ferida
Queimadura
Dor de dente
...
Meses...
Ouço a tua voz
E a noite te vejo
Sinto teu toque
Não é nada
É sonho

A saudade é noite sem luar
Rua sem barulho
Vida sem vagar

Gracinha Donato

De repente

Assim
Por acaso
E o destino
Nos uniu
O que dantes
Eu amava
De repente
Sumiu
Afagos
Carícias
Abraços
Delícias
Contigo
Foi diferente
E assim, de repente
O amor se definiu

Gracinha Donato

Festa, Festejo, Farra...

quinta-feira, 1 de julho de 2010


















O Cordão se reuniu esses dias em minha casa para organizarmos o material da performance que fizemos no Festejo do nosso padroeiro São João Batista. Foi uma festa, uma farra, uma brincadeira de cordão e uma religiosidade séria e popular. As fotos foram feitas pelo meu irmão Marcelo Cruz.


postado por Xico Cruz









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