Carpe deam

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Estava um sol deslumbrante e eles inquietos à procura de diversão. Sairam em busca de prazer, de coisas inusitadas. Encontraram no caminho outros iguais a eles.
O clima, o bar, a cerveja, as conversas ao vento, os beijos roubados, os abraços não dados os fizeram chorar, rir, cantar e pareciam não pertencer a este mundo. Lembraram nostalgicamente os amigos deixados para trás, as mulheres abusadas, os que morreram em vão e desejaram se encontrar em algum lugar, porque não é pó...
O rio, o caminho, as pedras pela estrada, os peixinhos escondendo-se para não serem apanhados, sorriam para eles que chegaram eufóricos à beira. Os que lá já estavam, decidiram deixá-los dialogando com os peixinhos e os peixinhos os deixaram sós.
Aquela imensidão era deles apenas, olhavam encantados e realmente não eram deste mundo. O rio os acolheu e os lavou, o corpo, a alma.
Rasgaram as vestes e fizeram amor com o rio. Nascerá em outras grotas, desaguará no mar o gozo daqueles aventureiros, saudosos, numa tarde em Marabá.
Gra Don


1 comentários:

Franck disse...

Adorei o texto...poderia ser uma tarde em Marabá, Açailandia, Sta Inês, São Luís ou qlq cidade do Brasil ou do mundo, o desejo é igual!
Pq vc não posta no seu 'casa da atriz'? Bjs*

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