TATOO

sábado, 26 de junho de 2010

Minha mãe nunca faria
Tampouco a minha avó
Ai de mim se for marcada
Isso sim é pior

"Eles não te aceitarão"
"Serás vista como a louca"
"Desobediente, coisa pouca"

"Não faça isso, menina"
"Vá com calma, faça henna"
"Deixa disso, mulher, um corpo assim, é uma pena!"

Eu não ouço
Sigo meu instinto
Eu sigo
Eu canto
Eu me pinto!
Gracinha Donato

Poema d'ele

O teu olhar sobre as lentes
O meu olhar sobre o teu
O teu olhar me toca calmamente
Já o meu há tempos se perdeu
Será minha sina de agora em diante
Perder-me entre o que quer e o que não quer dizer
Se me queres ou se isso é indiferente
Se me olhas, me devoras... o que devo fazer?
Teu olhar me chama
O meu teima em fugir
Tua boca, meu imã
Deve e não quer resistir.

Gracinha Donato

Pai e Filho

domingo, 13 de junho de 2010

Fotos tiradas do Orkut da Pequena Cia de Teatro.

Dias 11, 12 e 13 esteve em cartaz no Teatro Ferreira Gullar na cidade de Imperatriz, o espetáculo da Pequena Cia. de Teatro, Pai e Filho, a partir da obra Carta ao Pai de Franz Kafka, direção de Marcelo Flecha, com os atores Claudio Marconcine e Jorge Choairy.
Evidente que era imperdível e sendo assim, fui ver.
Uma porta. Uma luz. Azul/branca.
Tudo começa com o silêncio, mas um silêncio estranho que causa ansiedade, espectativas...
Quando tudo se abre, a porta cai, a luz ganha força e o som do fole de oito baixos tocado invade a cena ou todo o espetáculo\espectadores, então temos uma visão do "belo", sim, da beleza, o que já é de se esperar, pois todos os trabalhos com a direção de Flecha, tem como foco ímpar, a beleza, a arte. O espetáculo é belíssimo, exatamente pela combinação harmônica das coisas\pessoas\sons\luz.
Nossos olhos ficam cheios e tudo se completa pela criação das cenas e a inteligência com que os objetos são conduzindos e recriados. A recriação dos objetos vivos envolvidos no conflito entre pai e filho é o que mais marca, a utilização de tudo que está em cena para provocar, oprimir, ameaçar, costurar as feridas abertas e deixá-las cada vez mais expostas. É esse o teatro de Marcelo Flecha, uma exposição de feridas costuradas e abertas.
É imperdível!
Postado por Xico Cruz

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